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Mão Esquerda: a "segunda mão” para a maioria das pessoas. A primeira, para apenas algumas. Assim é também, no consumo de bens. A primeira mão continua a ser, para a maioria, uma primeira escolha; mas o projeto Mão Esquerda ambiciona tornar a segunda mão uma primeira opção para um número cada vez maior de consumidores.

 

Somos duas sócias, duas almas fundidas num projeto que tem múltiplas motivações e objectivos: desde logo, a paixão. A paixão pelo vintage _ porque há peças de vestuário e acessórios usados que são tesouros. E que merecem voltar a ser uma primeira escolha.

Mas outras razões se juntam a esta paixão: a responsabilidade ecológica e necessidade de contribuir de forma concreta e imediata para a correção de impactos ambientais da indústria têxtil e da moda; a (re)descoberta de tesouros e recuperação de um legado que nos conta histórias sobre a estética e o design de moda ao longo de décadas. A valorização do trabalho de designers de outras décadas, para muitos, agora, desconhecidos, por outros, esquecidos.

Finalmente, a sensibilização para novos hábitos de consumo através de mudanças de comportamento nesse consumo. Quando as pessoas conversam connosco sobre a criação deste projeto, nunca até agora (e já são alguns anos de conversa) nos perguntaram o que fazíamos antes disto (seria normal, dado só termos arrancado com a Mão Esquerda em 2014, e ambas termos tido uma vida antes disso); como se não nos imaginassem a fazer outra coisa. Naturalmente. Este é um bom indicador do quanto nos sentimos “peixe na água”, fazendo o que fazemos. O certo é que ambas viemos da área da Educação e, para além da paixão pelo vintage, os propósitos de educação (sem termos pretensão de “educar”, mas apenas de incitar à mudança de comportamentos) prevalecem.

 

É esta a história que quisemos escrever quando demos início ao projeto Mão Esquerda: um espaço de venda de vestuário e acessórios 'vintage' recuperados com carinho e tornados acessíveis a todas as pessoas; que tornasse atrativo para as pessoas em geral (não só para consumidores habituais de vintage) o consumo destas peças; e que pudesse ainda permitir a artistas emergentes expôr o seu trabalho de uma forma gratuita.

O nosso primeiro espaço físico foi oficialmente inaugurado 17 de Maio de 2014, na Rua Santo André.

 

Desde então, muitas histórias correram, muitos clientes e amigos fizemos, muito festejamos novos artistas, muita “iniciação" ao vintage aconteceu, muita água correu sobre a ponte.

Em 2017, mudamos para um novo espaço, sem nos afastarmos do quarteirão das Belas-Artes ou da Praça dos Poveiros, desta vez na Rua da Alegria, recuperando uma antiga loja de lingerie dos anos 60.

Depois de alguns meses de obras a partir de um projeto da responsabilidade do arquiteto Gustavo Guimarães, inauguramos o novo espaço. 

 

O nosso projeto tem uma personalidade própria, que o diferencia em parte de outras lojas vintage: as viagens habituais à Ásia, permitem-nos ter, além do vintage europeu/nacional, uma grande variedade de peças vintage japonesas desde a década de 40 a 90 (não só os kimonos tradicionais mas todo o tipo de peças).

Na venda, a atitude é de respeito por cada peça: lavada, passada a ferro e mesmo reparada, se for necessário. Tudo para que quem nos visite possa partilhar essa atitude, ou até aprendê-la, se for ainda um 'iniciado' nestas coisas do vintage ou segunda mão.

Acima de tudo, é um projeto feito com muito amor. Por isso, passados sete anos, ainda se mantém. Com todas as dificuldades ou contrariedades, vindas ou por vir, é um projeto FELIZ.

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